I sit by and watch the river flow
I sit by and watch the traffic go
Imagine something of your very own
Something you can have and hold
I’d build a road in gold just to have some

O domingo começou estranho, com aquela pegada sinistra s sombria que só o começo da semana pode ter, e não era pra menos, eu tinha passado uma noite infernal com problemas de dor muscular, pois havia machucado minha costas no trabalho, isso somado a idade e problemas lombares foi a soma que gera aqueles momentos a qual você se questiona o quanto compensa realmente estar vivo, de todo modo, como todo ser humano absorvido pelo capitalismo e rede sociais, notei em meu Facebook, que serve apenas para sempre pensar em porque mantenho o mesmo, reparei que na data de hoje, dia 10 de Abril de 2022 faz nove anos que me mudei para Anápolis, a cidade onde resumo atualmente.
Com isso, pensei na autoanálise de tudo o que passei até hoje, quem era o Kruppa lá de 2013 e quem é o Kruppa de agora, e fiquei frustrado e triste, quando ainda residia em Campo Grande, um grande motivador dessa mudança radical de vida é que sempre me senti uma pessoa solitária, mesmo tendo grandes amigos, que são minha família até hoje, eu me sentia sozinho e vazio, e agora, nove anos depois me sinto ainda mais vazio que antes, pois agora se soma os vários anos e toda as expectativas frustrada que a idade traz, não sou nem um pouco o que eu esperava ser, sou a mesma coisa, porém mais velho e mais triste.
Não que alguém tenha culpa de algo, não posso culpar a minha solidão a minha ex companheira, a gente deu certo o tempo que tinha que dar, porém não superamos os nosso próprios problemas, claro que quando projetamos nossas metas amorosas, por mais pé no chão e sensatos que possamos ser, não imaginamos como é realmente ter que lidar com as necessidades e expectativas de outras pessoas, é uma coisa quase mágica quando dá certo, pois somos fatalistas e egoístas por natureza, e os momentos felizes são meros fôlegos em uma mar de tristeza e decepção, desse modo, é muito difícil ser feliz, ainda mais fazer outra pessoa feliz.
Claro que não posso condenar a experiência como um todo, creio que morar aqui me fez uma pessoa melhor, pois acabei fugindo de uma influência muito negativa que é minha própria família (acontece pessoas, as famílias normalmente não são boas, são disfuncionais, nós que tentamos acreditar o contrário) e as experiências vividas me deixou uma pessoa melhor em meu ponto de vista, e creio que a maioria das pessoas pensam igual.
Mas é isso, não garanto que vivo mais dez anos aqui ou mesmo que vivo mais dez anos, mas vou permitir que eu tenha uma expectativa de coisas boas futuras, pois afinal, como diz a música que citei no começo do texto:
Dreaming, dreaming is free