
A vida está boa? Acho que não.
You know?
I don’t wanna cry again
Don’t wanna cry again
I don’t wanna say goodbye
Don’t want to cry again
I don’t want to run away
I don’t want to race this pain
I’ll never see your face again
Não é nenhuma grande novidade que os tempos estão terríveis, não apenas pelos danos irreparáveis causados pela pandemia, nem somente por todo o Fascismo Tupiniquim de cada dia, tal como o retrocesso para uma era das trevas que vivemos em nosso dia a dia na Terra Brasilis, isso tudo faz qualquer problema pessoal parecer ínfimo, mas não ora porra, você tem todo o direito de sofrer.
Não há uma temática específica por aqui, apenas a constatação desse imensurável cansaço e vazio de significados que vivemos, não há nada que dê um nível satisfatório de felicidade, nem mesmo chegar em casa após um dia de calor, abrir uma cerveja e ir para Night City encarar a apatia do V, protagonista de Cyberpunk 2077 em meio a uma cidade mais sem vida que a minha própria, não dá vontades, não há empolgação de ver algum filme ou maratonar alguma série, acabamos por fazer isso em meio ao tédio existencial até o Netflix questionar se tem alguém ali, tem mesmo?
Redes sociais são outro composto interessante no tédio e insatisfação de vida, ao abrir um feed do Instagram e constatar “Porque a vida dessa pessoa parece ser tão mais legal que a minha? ela nem merece isso”, ou mesmo “nossa, eu deveria ser desse modo? será que assim eu gostaria de morrer menos?” Mesmo sabendo que tais perguntas são um grande engodo, pois ninguém é mesmo feliz, isso é algo que é vendido apenas em propagandas de Margarina ou Filmes Blockbuster, a realidade sim é triste e cheia de problemas, felicidade é algo raro, relativo, e absurdamente curto.
Isso é um relato de minha depressão? um sinal de suicídio? Não, apenas tédio no ambiente de trabalho, pensamentos que atingem a minha falta de perspectiva enquanto espero alguma demanda de trabalho, torcendo que isso consuma bastante tempo e eu não precise ficar me perdendo em outros pensamentos não tão agradáveis.
Porém, tenho momentos a qual eu fico absurdamente ligado a uma música, e por causa das descobertas do Spotify, estou ouvindo e cantando Manhattan Skyline, da banda Norueguesa A-Ha e a letra fez certo significado nesse momento de vazio existencial, não que eu esteja vivendo um amor e sua despedida, mas é a vida mesmo, e a faixa acaba por ser uma boa adição, então, de certo modo, esse texto todo serviu apenas para recomendar uma música.
Fiquem bem.